Índice automatizado para prever a sobrevivência de cancerosos
Há quase consenso de que avaliar corretamente o que acontecerá com o paciente é algo positivo. No câncer da próstata, o estado dos ossos é importante para um prognóstico correto. Atualmente, é feito “a olho” pela maioria dos médicos. Foi desenvolvido um Index que ajuda a prever a agressividade do câncer, mede o efeito dos tratamentos, prevê o tempo de sobrevivência etc.
Só há programas que estão sendo desenvolvidos para fazer isso automaticamente. Um deles se chama “The automated Bone Scan Index” (aBSI).
Claro, o aBSI, como qualquer índice, tem que ser validado empiricamente. É preciso mostrar que funciona, que ajuda no prognóstico.
Andrew J. Armstrong e associados fizeram isso. Recrutaram 1245 pacientes com cânceres avançados, que não respondiam mais à terapia hormonal (mCRPC), que tinham metástases, e não tinham feito químio. Desses, 721 tinham informações que permitiram o uso do aBSI.
Queriam saber se o aBSI era capaz de prever a sobrevivência daqueles pacientes. Dividiram os pacientes em quatro grupos com aproximadamente o mesmo número de pacientes, de acordo com o aBSI, do melhor para o pior (quanto mais baixo o aBSI, melhor) e viram qual a mediana da sobrevivência de cada grupo. Esses grupos estatísticos são chamados de quartís. A sobrevivência mediana, no melhor quartil, foi de 34,7 meses - quase três anos; nos demais quartís foi de 27,3, 21,7 e 13,3 meses.
É, portanto, um instrumento válido. Evidentemente, poderá ser melhorado.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ
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